Insônia na menopausa: guia prático para recuperar o sono

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Mulher 50+ sentada na cama, mão no peito, quarto com luz quente — insônia na menopausa.

Se a insônia na menopausa virou rotina — demora para pegar no sono, acorda no meio da noite ou antes do despertador — você não está sozinha. A flutuação hormonal, os fogachos e o estresse podem bagunçar o relógio biológico. A boa notícia: existem estratégias simples e baseadas em ciência que melhoram o sono em poucas semanas.

O que é insônia na menopausa?

A insônia na menopausa é a dificuldade persistente para iniciar ou manter o sono, com impacto no dia seguinte (cansaço, irritabilidade, “mente nublada”). Muitas vezes aparece junto de fogachos, ansiedade e alterações de humor.

Sinais frequentes

  • Demora >30 min para adormecer
  • Despertares noturnos com dificuldade de voltar a dormir
  • Acordar muito cedo
  • Sonolência diurna e queda de produtividade

Por que acontece a insônia na menopausa?

Vários fatores se somam:

  • Vasomotores: fogachos e suores noturnos fragmentam o sono.
  • Queda de estrogênio/progesterona: influencia neurotransmissores ligados ao relaxamento.
  • Ritmo circadiano: luz noturna e telas atrasam a melatonina.
  • Estresse e ansiedade: mantêm o corpo em alerta.
  • Hábitos: cafeína tarde, álcool à noite, janta pesada.

Quando procurar ajuda médica

  • Insônia ≥ 3 noites/semana por ≥ 3 meses
  • Ronco alto, pausas respiratórias, dor crônica ou pernas inquietas
  • Humor deprimido, preocupação excessiva, uso frequente de sedativos
  • Doenças associadas (tireoide, refluxo, dor intensa)

Avaliação profissional individualiza o cuidado e verifica opções como terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC‑I), ajustes hormonais/ não hormonais e manejo de comorbidades.

Plano de 14 dias para dormir melhor

(Imprima, marque e repita o que funcionou.)

Semana 1 — Fundamentos

  • Segunda: defina hora fixa de levantar (todos os dias, inclusive fim de semana).
  • Terça: exposição à luz natural de manhã (10–20 min).
  • Quarta: reduza cafeína após 14h (inclui chás pretos/energéticos).
  • Quinta: álcool = 0 à noite por 2 semanas (teste de impacto).
  • Sexta: jantar leve e 3 h antes de deitar.
  • Sábado: 30 min de atividade física (caminhada, dança, bicicleta).
  • Domingo: crie um ritual de 30 min: luz baixa + leitura leve + banho morno.

Semana 2 — Táticas de TCC‑I em casa

  • Segunda: cama só para dormir e sexo (sem TV/celular).
  • Terça: se não dormir em 20 min, levante, faça algo calmo e volte com sono.
  • Quarta: janela de sono constante (ex.: 23h–6h). Evite cochilos.
  • Quinta: respiração 5–5 (inspire 5 s, expire 5 s, por 5 min).
  • Sexta: registro de sono simples (hora de deitar/levantar, despertares).
  • Sábado: descarga de preocupações: escreva tarefas e soluções antes das 20h.
  • Domingo: ajuste fino: antecipe treino/ refeições se ainda acorda no meio da noite.

Se o sono segue ruim, considere TCC‑I formal com profissional capacitado — é primeira linha de tratamento e tem alto índice de sucesso.

Ambiente e hábitos que fazem diferença

  • Quarto fresco e escuro: 18–21 °C; use ventilador, roupa leve, lençóis respiráveis.
  • Luz: filtros noturnos nos aparelhos e luz âmbar/abaixo dos olhos após 20h.
  • Tecnologia: pare telas 60–90 min antes de deitar; se usar, óculos com filtro azul podem ajudar.
  • Movimento: exercícios regulares melhoram profundidade do sono; evite treinos intensos tarde da noite.
  • Mindfulness breve: 5–10 min/dia reduzem reatividade a despertares.

Suplementos e medicamentos: o que conversar com o médico

  • Opções não hormonais (avaliadas caso a caso): TCC‑I, higiene do sono, manejo de ansiedade.
  • Fitoterápicos/ nutracêuticos: suplementos voltados ao sono, como o Sleepy da Kefi, podem ser considerados como parte da higiene do sono, sempre com orientação profissional e atenção a uso concomitante de medicamentos.
  • Terapias hormonais ou fármacos para insônia: decisão individualizada, após avaliação de riscos/benefícios e histórico pessoal/familiar.

Dica prática: teste uma mudança por vez por 7–14 dias para identificar o que realmente ajuda sua insônia na menopausa.

Perguntas frequentes

Cochilar atrapalha?

Sim, cochilos longos (>20–30 min) reduzem a pressão do sono à noite. Se necessário, mantenha curto e antes das 15h.

Posso fazer “compensação” dormindo até tarde?

Evite. Acordar no mesmo horário todos os dias estabiliza o relógio biológico.

E se eu acordar às 3h?

Não lute na cama. Levante, luz baixa, atividade monótona (livro físico), retorne quando o sono vier.


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