Dia Mundial da Menopausa: por que ele importa tanto?

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Grupo diverso de mulheres 40+ celebrando o Dia Mundial da Menopausa com alegria e acolhimento

Você sabia que existe um dia dedicado exclusivamente à menopausa? Celebrado no último dia 18 de outubro, o Dia Mundial da Menopausa tem ganhado visibilidade como um marco necessário na luta por mais conhecimento, escuta e cuidado com a saúde das mulheres 40+. Mas por que essa data é tão importante? E o que ela revela sobre como tratamos — ou deixamos de tratar — o corpo feminino?

O que é o Dia Mundial da Menopausa?

Criado em 2009 pela International Menopause Society (IMS) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Dia Mundial da Menopausa surgiu com um propósito claro: conscientizar sobre o climatério, combater o estigma e oferecer informação baseada em evidências.

A cada ano, a campanha global foca em temas diversos: saúde mental, bem-estar sexual, risco cardiovascular, osteoporose e mais. O objetivo é dar visibilidade a uma fase que, embora natural, ainda é cercada de desinformação e silenciamento. A proposta é simples — mas transformadora: a menopausa não é doença, é transição. E merece ser vivida com suporte, dignidade e acolhimento.

Invisibilidade científica do corpo feminino

Durante séculos, o corpo masculino foi considerado o “modelo padrão” nas ciências biológicas e médicas. A exclusão de mulheres de estudos clínicos, principalmente até os anos 1990, resultou em uma enorme lacuna de conhecimento sobre a saúde feminina.

Um exemplo gritante: menos de 1% dos estudos sobre envelhecimento consideram a menopausa como variável relevante — mesmo sendo uma transição biológica que afeta metade da população mundial. A consequência? Diagnósticos imprecisos, terapias mal indicadas e uma geração de mulheres mal assistidas em uma das fases mais impactantes da vida.

Além disso, muitas pesquisas ainda ignoram aspectos como a história reprodutiva da mulher, o impacto de hormônios no cérebro e a relação entre menopausa e doenças crônicas. A ciência começa a correr atrás do prejuízo, mas ainda temos muito chão pela frente.

Tabus culturais e silenciamento da menopausa

Em boa parte do Ocidente, a menopausa foi — e muitas vezes ainda é — tratada como sinônimo de perda: da fertilidade, da juventude, da feminilidade. Essa narrativa negativa ajudou a consolidar um tabu que isola mulheres justamente quando mais precisam de rede e acolhimento.

Enquanto isso, culturas como a japonesa tratam o “kounenki” como uma fase de renovação. Mulheres maduras são vistas como conselheiras experientes, e não como figuras que devem desaparecer da vida social.

No Brasil, uma pesquisa revelou que 65% das pessoas ainda consideram a menopausa um assunto tabu, e muitas mulheres chegam ao climatério sem sequer saber o que é um fogacho. O silêncio custa caro: à saúde mental, à autoestima e à qualidade de vida.

O que mudou e o que ainda falta mudar

Se por um lado temos mais vozes falando sobre menopausa — médicas, celebridades, influenciadoras, coletivos —, por outro ainda enfrentamos falta de políticas públicas estruturadas, desinformação médica e preconceito etário.

A presença crescente de mulheres cientistas, médicas e comunicadoras está ajudando a mudar esse cenário. Hoje falamos em saúde integral, autonomia sobre decisões terapêuticas e valorização da longevidade com qualidade. Ainda assim, é urgente avançar na formação profissional, no acesso ao diagnóstico e em campanhas de educação em saúde.

O papel da Kefi na transformação desse cenário

A Kefi Saúde e Bem-Estar nasceu justamente para ocupar essa lacuna de cuidado com as mulheres a partir dos 40. Por meio de conteúdos como o Blog da Menopausa, o podcast PodKefi e iniciativas como o curso gratuito “Menopausa sem Neura”, a Kefi oferece informação confiável, escuta ativa e soluções reais para uma vida mais plena no climatério.

Nosso compromisso é com uma saúde feminina baseada em ciência, mas também em empatia. Acreditamos que o futuro da saúde da mulher começa com conhecimento — e que a menopausa pode ser um novo começo, não um fim.

Conclusão

O Dia Mundial da Menopausa não é apenas uma data simbólica. Ele representa uma virada de chave na forma como enxergamos o corpo feminino, a longevidade e o cuidado. Falar sobre menopausa é falar sobre direitos, ciência, afeto e potência.

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