A melatonina na menopausa é um tema cada vez mais presente entre mulheres que enfrentam dificuldades com o sono, alterações no humor e mudanças no corpo. Esse hormônio, produzido pela glândula pineal, é conhecido como o “mensageiro do escuro”. Sua liberação aumenta à noite, sinalizando ao corpo que é hora de dormir.
Com o passar dos anos — especialmente durante o climatério — a produção de melatonina diminui. Essa queda se relaciona à insônia, mas também a mudanças nos ritmos biológicos que afetam a saúde óssea, metabólica e emocional.
Qual a relação entre sono e melatonina na menopausa?
Durante o climatério, muitas mulheres relatam dificuldade para dormir, acordar no meio da noite ou sentir cansaço persistente. Isso ocorre em parte pela redução da melatonina e também pela queda de estrogênio e progesterona, que têm funções calmantes.
Estudos mostram que a suplementação de melatonina pode:
- Reduzir o tempo necessário para adormecer;
- Aumentar a proporção de sono profundo (fase N3);
- Melhorar a sensação de descanso ao acordar;
- Diminuir episódios de insônia relacionados a ondas de calor.
O uso de melatonina na menopausa em associação com outros componentes como triptofano, zinco e magnésio potencializa os efeitos relaxantes e indutores de sono. Suplementos como o Sleepy da Kefi, que reúne esses nutrientes com melatonina em uma fórmula única, oferecem um cuidado integral com o sono, o humor e o bem-estar na menopausa.
Melatonina e saúde óssea: o que dizem os estudos?
Você sabia que a melatonina também pode beneficiar os ossos? Um estudo publicado em 2022 na Frontiers in Pharmacology demonstrou que a melatonina tem ação direta na formação óssea, estimulando os osteoblastos (células que constroem o osso) e inibindo os osteoclastos (que o reabsorvem).
A pesquisa revelou ainda que:
- Mulheres com osteoporose pós-menopausa têm níveis mais baixos de melatonina;
- Suplementar o hormônio pode aumentar a densidade mineral óssea;
- A melatonina atua como antioxidante e anti-inflamatório, protegendo as células ósseas do estresse oxidativo;
- Sua ação segue um ritmo circadiano, reforçando a importância de uma rotina regular de sono.
Esse achado abre espaço para considerar a melatonina como uma opção complementar no cuidado com a osteoporose, sobretudo em mulheres que não podem ou não desejam fazer uso de hormônios.
Outros benefícios da melatonina na menopausa
A revisão sistemática publicada na Journal of Pineal Research em 2021 investigou diversos estudos sobre o uso de melatonina em mulheres menopausadas. Os principais achados incluem:
- Melhora do humor e da qualidade de vida;
- Redução de sintomas vasomotores (como ondas de calor e suores noturnos);
- Ajuste do metabolismo: embora não seja um emagrecedor, a melatonina pode ajudar na redistribuição de gordura corporal e no controle do apetite noturno;
- Regulação do sistema imune, que também sofre alterações na menopausa.
Como a melatonina é produzida e por que ela diminui?
A produção de melatonina depende da exposição à luz. Durante o dia, ela é inibida. À noite, aumenta. Principalmente em ambientes escuros. Com o envelhecimento, a glândula pineal reduz essa produção. A menopausa intensifica esse processo.
Além disso, hábitos como uso de telas à noite e luz artificial constante também reduzem a liberação do hormônio.
Melatonina é hormônio? Pode engordar ou causar dependência?
Essas são dúvidas frequentes — e compreensíveis:
- É um hormônio natural, sim, mas seu uso em forma de suplemento não causa dependência nem “desliga” a produção interna, especialmente em doses fisiológicas (até 3 mg);
- Não engorda diretamente. Pelo contrário, pode ajudar a regular o metabolismo e melhorar o controle da fome noturna;
- Tem boa segurança a longo prazo, desde que usada corretamente.
Melatonina e reposição hormonal: podem ser combinadas?
Sim. Algumas pesquisas mostram que mulheres que usam Terapia de Reposição Hormonal (TRH) e fazem uso simultâneo de melatonina podem ter benefícios adicionais no controle de sintomas e na saúde cardiovascular.
Como potencializar a produção natural de melatonina na menopausa?
Além da suplementação, há formas naturais de estimular o corpo a produzir mais melatonina:
- Evitar luz azul à noite (telas de celular, computador, TV);
- Estabelecer horários regulares para dormir e acordar;
- Dormir em ambiente escuro e silencioso;
- Reduzir o consumo de cafeína e álcool no fim do dia;
- Praticar atividades físicas pela manhã ou tarde (evitar à noite);
- Expor-se ao sol nas primeiras horas da manhã.
Essas atitudes, além de estimular a produção de melatonina na menopausa, ajudam a regular o ritmo circadiano como um todo, beneficiando sono, humor e metabolismo.

Conclusão
A melatonina é uma peça importante no quebra-cabeça da saúde feminina após os 40. Sozinha, não resolve todos os desafios da menopausa, mas pode ser uma grande aliada no cuidado com o sono, os ossos e o bem-estar geral.
Se você sente que seu sono piorou, seu corpo mudou ou está buscando alternativas naturais para apoiar essa fase da vida, converse com seu médico sobre a possibilidade de usar melatonina na menopausa. Com orientação, é possível fazer escolhas seguras e eficazes para se sentir bem de novo.
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