Insônia na menopausa: 7 hábitos para dormir melhor

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Mulher dormindo com máscara em ambiente escuro — insônia na menopausa

A insônia na menopausa é uma das queixas mais comuns entre mulheres a partir dos 40 anos. As noites mal dormidas não são apenas um incômodo passageiro: elas afetam a energia, o humor, a memória e a qualidade de vida como um todo. Se você sente que o sono não é mais o mesmo, saiba que não está sozinha — e que existem formas naturais e eficazes de recuperar esse bem-estar essencial.

Neste artigo, você vai conhecer 7 hábitos simples que podem transformar suas noites e ajudar a vencer a insônia na menopausa, com base em estudos recentes e práticas validadas pela ciência.


Por que aumenta a insônia na menopausa?

Durante a transição menopausal, o declínio dos hormônios sexuais, especialmente estrogênio e progesterona, afeta diretamente a qualidade do sono. A queda desses hormônios está associada a:

  • Maior sensibilidade a estímulos externos
  • Aumento de despertares noturnos
  • Fogachos e suores noturnos
  • Alteracões de humor, como ansiedade e depressão

Um estudo publicado no Nature and Science of Sleep (2023) mostrou que mulheres com insônia na menopausa têm maior risco de comprometimento cognitivo a longo prazo, especialmente se passaram pela menopausa precoce. A insônia pode afetar memória, atenção e função executiva, reforçando a importância de cuidar do sono nessa fase da vida.


1. Estabeleça um ritual noturno relaxante

Criar um ritual para a hora de dormir ajuda a “avisar” o corpo de que é hora de desacelerar. Escolha atividades calmas e prazerosas, como:

  • Tomar um banho morno com luz baixa
  • Ouvir música tranquila
  • Usar óleos essenciais (como lavanda)
  • Escrever em um diário de gratidão

Evite noticiários, redes sociais e discussões acaloradas nesse momento. A regularidade do ritual é mais importante que sua duração.


Itens para melhorar o sono com chás e rituais noturnos — insônia na menopausa

2. Invista em uma boa higiene do sono

A “higiene do sono” é um conjunto de práticas que favorecem um sono profundo e reparador. Inclua hábitos como:

  • Deitar e levantar sempre nos mesmos horários, inclusive aos fins de semana
  • Dormir em um ambiente escuro, silencioso e com temperatura amena
  • Usar a cama apenas para dormir (evite assistir TV ou trabalhar nela)
  • Evitar cafeína, álcool e nicotina nas horas que antecedem o sono

Esses ajustes simples já ajudam muitas mulheres a perceberem melhora significativa.


3. Reduza a exposição a telas antes de dormir

A luz azul emitida por celulares, tablets e computadores interfere na produção natural de melatonina, o hormônio que induz o sono. Tente:

  • Evitar o uso de telas pelo menos 1 hora antes de deitar
  • Ativar o “modo noturno” dos aparelhos no fim da tarde
  • Substituir o celular por leitura de um livro físico ou meditação guiada

Esse pequeno cuidado pode fazer grande diferença na facilidade para adormecer.


4. Mova o corpo durante o dia

Atividade física regular melhora a qualidade do sono, reduz os sintomas da menopausa e ajuda no equilíbrio emocional. Prefira exercícios:

  • Pela manhã ou tarde (evite atividades intensas no período noturno)
  • Que combinem movimento e prazer: caminhada, yoga, dança, pilates

Exercícios também ajudam a regular o cortisol, hormônio do estresse que pode atrapalhar o sono se estiver elevado à noite.


5. Experimente chás calmantes naturais

Algumas plantas são conhecidas por suas propriedades relaxantes e podem ser grandes aliadas. Entre elas:

  • Camomila
  • Passiflora
  • Valeriana
  • Melissa (erva-cidreira)

Prepare o chá com antecedência e transforme o momento em parte do seu ritual noturno. Evite adoçar ou usar estimulantes como gengibre.


6. Cuide da temperatura corporal

Fogachos e suores noturnos são causas comuns de insônia na menopausa. Algumas estratégias ajudam a controlar o desconforto:

  • Prefira roupas leves e tecidos naturais
  • Mantenha o quarto bem ventilado
  • Use lençóis de algodão e travesseiros refrescantes
  • Tenha água fresca por perto

Se os sintomas forem intensos, converse com seu médico sobre opções como fitoterapia ou reposição hormonal.


7. Considere melatonina ou terapia cognitivo-comportamental (CBT-I)

Segundo uma revisão publicada no Climacteric (2020), a terapia cognitivo-comportamental para insônia (CBT-I) é o tratamento de primeira escolha, mesmo quando existem sintomas de ansiedade ou fogachos. Já a melatonina, é indicada especialmente para mulheres com 45 anos ou mais.

Uma opção que combina melatonina com outros nutrientes como triptofano, magnésio, zinco e vitaminas do complexo B é o suplemento Sleepy, da Kefi. Desenvolvido para mulheres no climatério e menopausa, ele ajuda a restaurar o ciclo natural do sono e a reduzir sintomas como fogachos, ansiedade e fadiga, contribuindo para noites mais tranquilas e dias com mais energia.

Essas abordagens têm respaldo científico e podem ser combinadas com os hábitos acima.


O impacto real da insônia na menopausa: por que não ignorar?

A pesquisa liderada por Fiona Baker (2015), publicada na Psychoneuroendocrinology, revelou que mulheres com insônia na transição menopausal dormem em média 43,5 minutos a menos por noite e apresentam menor eficiência do sono. Além disso, quase metade dorme menos de 6 horas por noite, o que pode comprometer a imunidade, a saúde cardiovascular e a cognição.

Ignorar a insônia não é uma opção: cuidar do sono é cuidar de todo o corpo e da mente.


Quer saber mais sobre como combater a insônia na menopausa?

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